Sunday, October 30, 2005

Bush guerreia por ordem direta de Deus

Bush guerreia por ordem direta de Deus
Agência EFE
29/10/2005 - O ministro palestino de Informação, Nabil Shaath, disse em um programa transmitido hoje pela rede britânica BBC, que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, lhe revelou que tinha invadido o Iraque, em 2003, e o Afeganistão, em 2001, seguindo ordens de Deus.


Aparentemente, Bush fez essas declarações durante um encontro em junho de 2003 com o então primeiro-ministro palestino e atual presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e Shaath, então ministro palestino de Exteriores.

Segundo explicou Shaath à BBC, o presidente dos Estados Unidos afirmou nessa entrevista, a primeira com Abbas, que estava ''guiado por uma missão de Deus''.

O encontro aconteceu no balneário egípcio de Sharm el-Sheikh durante uma cúpula trilateral entre Estados Unidos, Israel e os palestinos, detalhou o ministro.

Desta forma, para justificar a guerra no Afeganistão, pouco depois dos atentados do 11 de setembro nos Estados Unidos, Bush contou a Abbas e a Shaath que Deus lhe tinha dito: ''George, vá e lute contra esses terroristas'' nesse país.

''E assim o fiz, e depois, Deus me disse: 'George, vá e acabe com a tirania no Iraque'. E o fiz'', afirmou Bush, segundo o testemunho do ministro palestino.

Nessa reunião, o presidente americano prosseguiu: ''E agora, outra vez, sinto que vêm a mim as palavras de Deus: 'Vá e consiga para os palestinos seu Estado, para os israelenses, sua segurança e, para o Oriente Médio, a paz. E, por Deus, eu vou fazer''.

Shaath revela as supostas declarações de Bush na primeira parte do programa ''Elusive peace: Israel and the Arabs'' (Paz difícil: Israel e os árabes), transmitido pela rede de televisão britânica.

Por sua vez, o presidente Mahmud Abbas lembra, durante o programa, que seu colega americano lhe disse que ''tinha uma obrigação moral e religiosa'', e por isso ''daria a ele um Estado palestino''.

Segundo um porta-voz da BBC, o conteúdo do programa foi enviado a Washington, mas o governo americano se negou a comentar essas informações procedentes de uma conversa particular.


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