Monday, February 27, 2006

Vídeo com instruções de como enganar O povo.

Quer Montar uma Igreja?
Aprenda com quem entende do Assunto.
E Pasmem!!!!!!!!!


http://media.putfile.com/edir_macedo_ensina_a_enganar

Friday, February 17, 2006

COMO ROUBAR
Relato de um ex-pastor da Igreja Universal

Nesta página um ex-pastor mostra a Igreja Universal do Reino de Deus pelas entranhas...

http://www.geocities.com/realidadebr/depoimentos/comoroubar.htm

Tuesday, February 14, 2006

Reais dos pobres para enriquecer pastores . . .

Reais dos pobres para enriquecer pastores . . .


STF devolve à Universal R$ 10 mi retidos pela PF
O STF decidiu devolver à Igreja Universal do Reino de Deus os R$ 10,2 milhões apreendidos pela Polícia Federal no aeroporto de Brasília em 11 de dezembro do ano passado. No instante da apreensão, o dinheiro estava sendo transportado em sete malas pelo deputado federal João Batista Ramos (SP). Ele foi expulso do PFL depois da ação da PF.



A pedido do Ministério Público, a PF abriu um inquérito para investigar a origem do dinheiro. Suspeita-se que seria trocado por dólares, para ser enviado ilegalmente para fora do país. O ministro Carlos Ayres Brito, do Supremo, decidiu devolver os R$ 10,2 milhões depois que a igreja do bispo Edir Macedo ofereceu em garantia um imóvel localizado no centro de São Paulo.



Munido de parecer favorável do Ministério Público, Ayres Brito determinou à PF a nomeação de um perito para avaliar o imóvel. A Universal diz que vale R$ 15 milhões. A perícia da PF deve ser concluída nos próximos dias. A decisão do STF não interrompe a investigação, que está longe de ser concluída.



A Universal alega que o dinheiro seria fruto da coleta de dízimos dos seus fiéis. No instante em que foi apreendido, estaria sendo transportado, em avião próprio, para São Paulo, onde a igreja manteria uma contabilidade centralizada. Dali, argumenta a Universal nos autos, são emitidos os cheques que bancam as despesas de uma rede de mais de 4.000 templos espalhados pelo país, incluindo os salários de cerca de 20 mil pastores e funcionários.



A retenção do dinheiro rendeu enorme dor de cabeça à PF. Os R$ 10,2 milhões foram guardados inicialmente no Departamento de Meio Circulante do Banco Central. Na seqüência, teve de ser depositado numa conta judicial remunerada da Caixa Econômica Federal.



Para transportar as sete malas recheadas de cédulas do BC para a CEF, a polícia tentou contratar a empresa de transporte de valores Confederal, pertencente ao deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE), ex-ministro das Comunicações de Lula. Eunício informou que, por segurança, sua empresa não transportaria mais do que R$ 1 milhão em cada carro-forte.



Seriam necessários, portanto, dez veículos. A empreitada foi orçada em R$ 350 mil. Como não dispunha de dinheiro em caixa, a PF teve de transportar, ela própria, os milhões da Universal. Armou-se em Brasília um esquema de guerra que mobilizou duas dezenas de agentes armados.



Chegando à CEF, o dinheiro teve de ser contado. O trabalho mobilizou os funcionários da agência central da instituição por arrastadas onze horas. Toda essa movimentação foi utilizada pela Universal ao defender no Supremo, com sucesso, a tese de que o melhor seria devolver os R$ 10,2 milhões à igreja.
Escrito por Josias de Souza às 23h13

FANÁTICOS SEM FRONTEIRAS

FANÁTICOS SEM FRONTEIRAS
PARA O FILÓSOFO ALAIN FINKIELKRAUT, PROTESTOS CONTRA A PUBLICAÇÃO DAS
CHARGES REPRESENTAM UM CLARO DESPREZO PELAS CRENÇAS ALHEIAS

ALAIN FINKIELKRAUT

A comunicação imediata venceu o tempo e o espaço. O intervalo entre o
próximo e o distante se reduziu. Há apenas alguns anos, esse fenômeno nos
causava júbilo. Encantávamo-nos por nossa moral ter se tornado ubíqua.
Víamos com emoção a técnica se colocar a serviço da ética.
A concordância entre o cosmopolitismo da telepresença e a exigência
cosmopolita nos parecia milagrosa: no momento mesmo em que o reconhecimento
da semelhança em todos os homens nos levava a denunciar o direito soberano
dos tiranos a massacrar suas minorias ou sua oposição à abertura de suas
fronteiras, a imagem indiscretamente democrática penetrava as mais espessas
muralhas. E essa abolição das distâncias nos parecia conduzir de maneira
bastante natural a uma aproximação entre os povos.


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Por que jamais surgiu uma manifestação no mundo islâmico contra os
sangrentos massacres em Nova York?
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Mas agora temos de enfrentar a globalização do ódio. Um convidado inesperado
se apresentou ao banquete da abolição de fronteiras: depois dos médicos,
farmacêuticos, enfermeiros, advogados e repórteres sem fronteiras, chegou a
era dos fanáticos sem fronteiras.
Na sociedade civil mundial que nossos melhores votos acalentam, a ingerência
desumana se torna cada vez mais peremptória e estridente.

Incapacidade de diferenciar
Uma ínfima minoria daqueles que, do Paquistão à Argélia, protestam contra as
charges publicadas pelo diário dinamarquês "Jyllands-Posten" saberia
localizar Copenhague em um mapa. Mas o que importa a geografia? Na era da
internet, o mundo inteiro é para todos, somos todos anjos, e aí está o
horror.
Quem são os responsáveis primordiais pela crise? "Os cartunistas e os
jornalistas que não quiseram temperar o exercício da liberdade de expressão
com o respeito às crenças", dizem muitos dos chefes de governo ocidentais,
acompanhados por numerosos intelectuais. Esses sábios se esquecem de que o
respeito às crenças e à liberdade de expressão são os dois lados da mesma
moeda.
Aqueles que combatem a liberdade de expressão em nome do respeito à crença
que lhes é cara desprezam as crenças alheias e expressam claramente esse
desprezo.
Os jornais de Teerã, de Damasco e do Cairo estão repletos de caricaturas
vingativas e grotescamente desavergonhadas de judeus ortodoxos ou de
desenhos que demonizam o Talmud [conjunto de interpretações das leis
mosaicas]. É a dolorosa renúncia à convicção de seu absolutismo que embasa a
um só tempo a liberdade de expressão e o respeito às crenças. E é a essa
renúncia que as elites e as massas islâmicas opõem sua cólera santa.
A imagem que detonou a crise representa Muhammad usando um turbante em
formato de bomba. Imagem injuriosa, nos dizem. Um vínculo ofensivo, um
vínculo cruel, um vínculo difamatório entre o profeta e o terrorismo. Sem
dúvida. Mas esse vínculo não foi estabelecido pelos caricaturistas
dinamarqueses, e sim pelos adeptos da jihad [guerra santa]. Por que jamais
surgiu uma manifestação no mundo islâmico contra os sangrentos massacres em
Nova York, Madri, Mombaça, Bali e outras cidades?
Na verdade, as imagens de turbas furiosas saqueando as embaixadas
escandinavas são infinitamente mais obscenas, infinitamente mais
caricaturais, do que as charges vindas da Escandinávia.
Os crentes que se consideram ultrajados e caluniados por uma tal
representação de Muhammad reagem pedindo a morte daqueles que insultam o
islã. E aqueles que insultam o islã, aos olhos deles, não são apenas os
autores dos desenhos a que objetam -são também os governos dos países nos
quais esses desenhos foram publicados e os cidadãos desses países.
Essa incapacidade de diferenciar é o espírito do terrorismo. Matam-se
inocentes porque não existem inocentes, não existem nem mesmo indivíduos:
apenas espécimes. O anonimato reina: cada pessoa vale apenas por sua
proveniência, cada pessoa é um alvo.

Inimigos renitentes
Será que Bin Laden representava apenas uma amostra do que está por vir?
Somado à belicosidade nuclear da nova liderança iraniana e ao sucesso
eleitoral dos islâmicos militantes na Palestina, recentemente, e em breve,
com certeza, no Egito, essas manifestações delirantes nos forçam a
apresentar a questão. Para viver em um mundo pacífico ou para obter a paz,
não se pode abjurar todo espírito de conquista, confessar crimes e proclamar
a todos que não temos mais inimigos.
A prova é que o temos feito e agora se torna forçoso reconhecer que, apesar
de nossos esforços, nossos inimigos continuam determinados e renitentes.
Mas, atenção: esse "nós" não quer dizer apenas "nós, os franceses", "nós, os
europeus" e nem mesmo "nós, os ocidentais". É preciso que ele englobe
igualmente os muçulmanos tradicionalistas moderados, os muçulmanos laicos,
as mulheres muçulmanas emancipadas ou que aspiram a isso, os cristãos que
vivem em terras islâmicas.
O escritor Thomas Mann costumava dizer que Hitler não caiu como um meteoro
sobre o solo da Alemanha e que a Alemanha não podia, em conseqüência,
declarar ter extirpado o nazismo. Mas acrescentava que ele também era a
Alemanha. Pois bem, em lugar de tentar lisonjear os fanáticos por meio de
palavras pias e desonrosas sobre a alteridade e a aceitação, cabe-nos
afirmar agora, sem nenhuma hesitação, nossa solidariedade a todos os Thomas
Mann do mundo muçulmano.

Alain Finkielkraut é filósofo e professor de história das idéias no
departamento de humanidades da Escola Politécnica de Paris. É autor de "A
Ingratidão" (ed. Objetiva). Este texto foi publicado no "Libération".
Tradução de Paulo Migliacci.

Friday, February 10, 2006

Justiça italiana impede ateu de questionar existência de Jesus

Justiça italiana impede ateu de questionar existência de Jesus

ROMA (Reuters) - Um ateu italiano perdeu sua cruzada legal contra a Igreja Católica na quinta-feira quando um juiz rejeitou as tentativas de processar um padre que afirmou que Jesus existiu há 2.000 anos, informou o advogado da vítima.
Luigi Cascioli, 72, argumentou que o padre de sua cidade e ex-colega de escola havia violado a lei italiana que visa proteger o público de ser manipulado.
Mas em vez de garantir a Cascioli seu pedido de levar o caso a um tribunal, o juiz recomendou aos magistrados que o investiguem por suposta difamação do padre Enrico Righi, informou o advogado de Righi, Bruno Severo.
O padre de 76 anos comemorou a notícia.
"Graças a Deus acabou", disse Righi à Reuters. "Fico feliz que tenha acabado assim, porque imagine se isto tivesse continuado."
Cascioli, autor do livro "A Fábula de Cristo", disse que o tribunal ainda não o havia informado da decisão. Mas ele disse não estar surpreso, e acrescentou que apelará à instância máxima da Justiça italiana e até mesmo ao Tribunal Penal Internacional em Haia, na Holanda.
Questionado sobre a possibilidade de ser processado por difamação, Casciolo foi irônico e alegou que para provar isso, os promotores terão de provar que Jesus existiu.
"Eles não têm nenhuma prova", disse.
(Por Phil Stewart)

Wednesday, February 08, 2006

O Código da Vinci

The New York Times

07/02/2006

Lançamento de "O Código da Vinci" nos cinemas provoca angústia na Opus Dei

Organização conservadora teme ter sua imagem ainda mais afetada

Laurie Goodstein
Em Nova York

Quando "O Código da Vinci" se tornou um sucesso editorial, os líderes da organização
católica Opus Dei perceberam que tinham nas mãos um problema de imagem. O assassino
no best-seller de suspense é um monge albino da Opus Dei chamado Silas, e o grupo é
retratado como uma seita poderosa, mas cercada de sigilo, cujos membros praticam a
autotortura ritualística. Em um prefácio intitulado "O Fato", Dan Brown disse que o
livro era mais do que mera ficção.

Quando foram revelados os planos para o lançamento de um filme baseado no livro, os
líderes da Opus Dei tentaram persuadir a Sony Pictures a retirar qualquer menção ao
grupo, e enviaram uma carta ao estúdio no ano passado, afirmando que o livro é "uma
distorção grosseira e uma grave injustiça".

Os esforços da organização não deram em nada.

Com a estréia do filme, cujo astro é Tom Hanks, marcada para 19 de maio, a Opus Dei
está tentando saciar o interesse público e apresentar o grupo de uma forma bem
diferente daquela como é descrita no livro: o lar religioso de um assassino
ficcional.

O grupo está promovendo um blog por meio de um padre da Opus Dei em Roma,
reformulando o seu site e até promovendo entrevistas com um membro que seria o único
"Silas real" na Opus Dei --um corretor nigeriano de fundos públicos que mora no
Brooklyn.

Silas Agbim, o corretor, diz que a Opus Dei ensina os seus membros a se comportarem
segundo os mais altos padrões. "Se você fizer bem o seu trabalho, estará agradando a
Deus", afirma Agbim, que é um pai, de cabelos grisalhos, de três filhos adultos,
sendo casado com uma professora de biblioteconomia. "E se alguém pensa que se tornará
santificado se recitar dez rosários por dia e fizer o seu trabalho de forma
descuidada, está completamente equivocado". Agbim diz que leu o livro, e garante: "É
um veneno. Ele influencia aquelas pessoas que têm dúvidas na mente".

Mesmo assim, o filme "O Código da Vinci" com certeza reavivará um antigo debate entre
os católicos sobre se a Opus Dei se constitui em uma influência positiva ou negativa
para a Igreja. Os críticos dizem que embora o grupo seja relativamente pequeno,
alguns dos seus membros ocupam postos importantes no Vaticano --incluindo o de
porta-voz do papa.

As dúvidas quanto a um possível aumento desproporcional da influência da Opus Dei
cresceram quando o papa João Paulo 2º conferiu ao grupo um status único na Igreja em
1982, e quando dez anos depois inseriu o seu fundador em uma rota rápida rumo à
canonização.

A reputação de sigilo da Opus Dei surgiu em parte devido à tradição do grupo, segundo
a qual os membros não podem divulgar publicamente a sua afiliação. Perguntas como,
"Ele é ou não da Opus Dei?", costumam ser feitas com relação a figuras proeminentes,
especialmente em Washington.

Uma controvérsia estourou no ano passado na Inglaterra quando foi divulgado que Ruth
Kelly, a jovem nova secretária de Educação no liberal Partido Trabalhista, era
afiliada à Opus Dei. Ela não repeliu a informação, mas nunca esclareceu qual é a
natureza da sua ligação com o grupo, o que gerou ainda mais críticas. Robert P.
Hanssen, um agente do FBI que se declarou culpado ao ser acusado, em 2001, de ter
espionado para a União Soviética, confirmou ser um membro, e admitiu ter confessado
os seus crimes aos seus padres.

Os líderes da Opus Dei dizem que não são nem secretos, nem particularmente poderosos,
e tampouco ferrenhamente conservadores. Eles afirmam que o grupo é uma rede
descentralizada composta de 84.541 católicos leigos e 1.875 padres em todo o mundo,
números relativamente pequenos em uma Igreja de mais de 1,1 bilhão de fiéis.

Eles garantem que não aspiram controlar o Vaticano, e acreditam que a sua missão é
viver em devoção a Deus, ao realizar bem os seus trabalhos, seja de porteiro, de
senador ou de dona-de-casa. Opus Dei é o termo em latim para "o trabalho de Deus".

Lynn Frank, uma integrante da Opus Dei em Walden, no Estado de Nova York, mãe de sete
filhos e dona de uma empresa de alimentos naturais, afirma: "A determinação que tenho
vem, sem dúvida alguma, da minha vocação junto à Opus Dei, porque todos os dias na
Opus Dei você acorda e diz, 'Estou dando 100% do meu dia para você, Senhor'. E é
melhor trabalhar direito, porque Deus não é um tipo de patrão para se enganar".

Desde a sua fundação em 1928 por um padre espanhol, Josemaria Escriva, o grupo caiu
nas graças de vários papas, especialmente João Paulo 2º, cuja ênfase teológica na
santidade, na importância da família e da dignidade do trabalho se coadunaram bem com
as crenças de Escriva. Em 1982, João Paulo concedeu à Opus Dei o status de uma
"prelatura pessoal", e ela continua sendo a única do gênero na Igreja, o que
significa que o grupo conta com o seu próprio bispo, que responde diretamente ao
papa. Depois, em 1992, Escriva passou à frente de outros candidatos a santo e foi
beatificado apenas 17 anos após a sua morte. Ele foi canonizado em 2002.

Joaquin Navarro-Valls, o antigo porta-voz de João Paulo 2º, e agora do papa Bento 16,
é membro da Opus Dei, e foi um dos autores de um polêmico documento do Vaticano
divulgado em 2000, o "Dominus Iesus", sobre a primazia do cristianismo. Quando o papa
quis sanear uma diocese austríaca na qual foi encontrada material pornográfico em um
computador do seminário, ele designou um novo bispo da Opus Dei para a missão.

Um outro fator que alimenta a impressão de influência do grupo é a sede da Opus Dei
nos Estados Unidos, um edifício de 17 andares na esquina da Avenida Lexington com a
Rua 34, no qual o grupo investiu US$ 69 milhões para a compra do terreno, a
realização das obras de construção civil e a aquisição do mobiliário.

A menção do local no livro "O Código da Vinci" trouxe uma enxurrada de curiosos e
adeptos das teorias conspiratórias até as portas do edifício, explica o porteiro,
Robert A. Boone. "Eu lhes digo: 'Vocês acham que eu trabalharia aqui se existissem
tipos como Silas circulando pela área?'".

Alguns membros da Opus Dei ficaram furiosos com a forma como o livro, que é um
best-seller há três anos, apresentou não só o grupo, mas também o cristianismo.

Mas os líderes da Opus Dei estão adotando uma abordagem menos confrontadora. O líder
da Opus Dei nos Estados Unidos, reverendo Thomas G. Bohlin, disse: "Não queremos que
a controvérsia gere mais publicidade para o filme". Bohlin enviou a carta à Sony
Pictures pedindo que não se fizessem menções à Opus Dei na fita, e disse que recebeu
uma resposta "educada, mas descomprometida".

Jim Kennedy, porta-voz da Sony Pictures, disse: "Nós vemos 'O Código da Vinci' como
um trabalho de ficção, que não tem como objetivo prejudicar qualquer organização. No
seu cerne, o filme é um suspense, e concordamos que ele realmente proporciona uma
oportunidade única para que a Opus Dei e outras organizações permitam que a população
aprenda mais sobre os seus trabalhos e suas crenças".

Após pesquisar a Opus Dei para escrever um livro, John L. Allen, o correspondente no
Vaticano da revista "The National Catholic Reporter", concluiu que o poder e a
riqueza do grupo foram grandemente exagerados. O número de membros da Opus Dei em
todo o mundo é mais ou menos equivalente ao de católicos na Diocese de Hobart, na
ilha da Tasmânia, explica Allen.

A Opus Dei não conta com um registro financeiro central, mas utilizando um
pesquisador financeiro, Allen determinou que a instituição vale cerca de US$ 2,8
bilhões, uma cifra que o porta-voz do grupo diz ser provavelmente correta. Metade das
despesas com a sede de Nova York foi paga com uma única doação, conta Brian Finnerty,
um dos porta-vozes da Opus Dei.

"A Opus Dei certamente é uma força em expansão nas questões da Igreja, e ela
provavelmente conta com um número desproporcional de cargos importantes, mas não se
devem criar mitos em torno deste fato", adverte Allen, autor do livro "Opus Dei: An
Objective Look Behind the Myths and Reality of the Most Controversial Force in the
Catholic Church" ("Opus Dei: Uma Olhada Objetiva por Trás dos Mitos e da Realidade da
Força mais Controvertida na Igreja Católica").

Porém, alguns ex-membros acusam a Opus Dei de se comportar como uma seita, com
técnicas agressivas de recrutamento e controle excessivo sobre as vidas dos seus
membros que optam por morar nos centros do grupo. Tammy DiNicola, que entrou para a
Opus Dei quando era aluna da Faculdade de Boston, e que saiu em 1990, após ficar dois
anos no grupo, diz que para atrair pessoas idealistas e muito espiritualizadas a
organização as engana.

"Eles não nos informam que não passaremos os feriados com a família, que a nossa
correspondência pode ser lida pelos líderes, que o nosso salário é entregue a eles, e
que não poderemos assistir a televisão ou ouvir rádio, e nem mesmo deixar as
instalações sem permissão", diz DiNicola, que ajudou a fundar a Rede de
Conscientização Quanto à Opus Dei, a fim de auxiliar os ex-membros.

Finnerty, o porta-voz da Opus Dei, disse que, ao contrário das acusações feitas por
alguns ex-integrantes do grupo, a independência e a liberdade individual são as
doutrinas centrais.

Dentre os membros da Opus Dei, 70%, como Lynn Frank e Silas Agbim, são pessoas
trabalhadoras, geralmente casadas, que moram nas suas próprias casas, um tipo de
afiliação conhecida como "supernumerário". Embora eles sigam uma agenda diária
rigorosa de orações e leituras espirituais, se confessem semanalmente e se reúnam com
um diretor espiritual, esses membros têm as suas próprias vidas e profissões.

Cerca de 20% são "numerários", que dedicaram as suas vidas inteiramente à
organização, fazendo um voto de celibato, e vivendo em um centro Opus Dei. Alguns
possuem empregos externos, mas muitos trabalham em tempo integral em instituições
afiliadas, como hospitais e escolas. E 10% são "associados", que são celibatários,
mas que vivem em suas próprias casas.

Grande parte da mística assustadora que cerca a Opus Dei deriva do fato de os
numerários praticarem a "mortificação corporal". Em "O Código da Vinci", Silas, o
monge assassino, chicoteia o próprio corpo até sangrar, e usa uma corrente de cravos
tão apertada em volta da cintura que provoca sangramento.

Na realidade, os numerários realmente usam um "cilice", uma corrente com pontas, sob
as calças, cerca de duas horas por dia. Uma vez por semana, eles chicoteiam as
próprias costas com uma pequena corda enquanto recitam uma oração. A Opus Dei afirma
que a mortificação corporal é uma antiga prática católica que promove a penitência e
a identificação com o sofrimento de Cristo.

DiNicola, a ex-integrante, diz que o uso do cilice é supostamente opcional, mas que
os membros numerários acabam se sentindo culpados se não o usarem. "Ele corta, e
deixa de fato pequenas marcas sangrentas", diz ela.

Apesar do tenebroso retrato do grupo em "O Código da Vinci", os líderes da Opus Dei
reconhecem que a atenção advinda do livro resultou em alguns benefícios. A Doubleday,
editora do livro, está prestes a lançar "The Way" ("O Caminho"), uma coletânea de
escritos espirituais do fundador da Opus Dei. Finnerty, o porta-voz do grupo, diz que
foi "O Código da Vinci" que abriu as possibilidades para o lançamento do novo livro.

Tuesday, February 07, 2006

Charges Maomé.

O Abismo da Fé.
Apenas comprovando o Óbvio ,. A Fé é Um abismo.,

http://veja.abril.com.br/080206/p_064.html